Informação ao Consumidor

Conhecer para proteger

A atividade das pescas tem contribuído de forma indelével para o progresso económico, social e tecnológico das populações em todo o mundo.

Apresentando-se como um alimento de uma riqueza nutritiva inquestionável, o pescado deve ser encarado como um recurso alimentar indispensável mas que não é inesgotável.

Os recursos do mar só são renováveis se nós respeitarmos o seu ritmo biológico próprio (crescimento e reprodução), bem como a sua capacidade de recuperação.

A proteção do ecossistema marinho deve ser abordada como uma ação integrada, em que participam inúmeros intervenientes, que atuando de forma particular, tendo em conta os seus objetivos e âmbito de atividade, convergem na concretização dos objetivos da cadeia da sustentabilidade.

Nesta cadeia de sustentabilidade o consumidor final apresenta-se como um elo determinante na escolha certa, responsável, que no seu quotidiano pode e deve tomar, quando compra e consome os produtos que o mar nos oferece.

Apresentação - Espécies marinhas capturadas no Mar dos Açores

Com esta apresentação pretende-se que o consumidor comece a olhar o consumo do pescado de forma diferente. Pretendemos aqui ajudar o consumidor a pensar e a agir para a recuperação e renovação da vida no nosso mar.

Download Lista de Espécies

Sustentabilidade é vida

  • Os recursos da pesca não são infinitos. O que temos hoje poderá não existir amanhã.
  • A saúde do Homem também depende da saúde dos oceanos!
  • Saber escolher o pescado certo é ajudar a preservar o equilíbrio do ambiente marinho e dos ecossistemas em geral.
  • Seja responsável. Faça a escolha certa, opte pela sustentabilidade!

Sabia que... é na lota

  • Que se inicia o primeiro registo dos dados relativos à rastreabilidade e identificação do pescado – espécie, identificação da embarcação/apanhador, entre outras informações essenciais, que sendo transmitidas ao longo de toda a cadeia alimentar até ao consumidor final, permitem não perder o rasto do produto.
  • Que se procede ao primeiro controlo higio-sanitário do pescado, assegurando que se encontra próprio para consumo humano.
  • Que se procede ao registo da classificação do pescado em graus de frescura e calibres, de acordo com as regras de comercialização do pescado fresco no espaço europeu
  • Que se procede a atividades de controlo e vigilância dos tamanhos mínimos de conservação das espécies e da proteção dos seus períodos de defeso.

Como pode, então, o Consumidor agir na cadeia da sustentabilidade?

  • Verifique no ato da compra que o pescado tem o tamanho mínimo de sustentabilidade. Pode confirmar essa informação perguntando ao vendedor ou pedindo mesmo que ele meça/pese o seu pescado antes de o comprar.
  • Exija a informação completa sobre o pescado que vai comprar. Pergunte e certifique-se da sua origem e método de captura.
  • Se encontrar pescado sem o tamanho mínimo estipulado, certamente que esse pescado não passou no circuito normal de controlo e rastreabilidade. Não contribua para as práticas de captura e comercialização insustentáveis.
  • Quando comprar pescado fresco, informe-se de que a sua captura não se encontra interdita. Existem determinados períodos – períodos de defeso - durante os quais determinadas espécies não podem ser capturadas, para que possam ser respeitados os seus ciclos naturais de reprodução e a sua reposição biológica.
  • Seja responsável e adapte os seus hábitos de consumo de pescado ao ritmo da regeneração natural dos oceanos. 

Comer bem e barato é possível

Há quem pense que uma alimentação equilibrada fica cara e que o peixe é um luxo inacessível para orçamentos mais reduzidos. Apesar de a proteína do peixe ser muito mais benéfica para a saúde do que a da carne, nem todas as famílias a incluem regularmente na lista de compras, por acharem que fica cara. Não é assim!

Para ter refeições de peixe, saborosas e nutritivas, não precisa de gastar uma fortuna. Aliás, ao contrário das ideias feitas que existem, os peixes mais baratos, disponíveis no mercado e capturados no nosso mar, como a cavala, o carapau ou a sardinha, são os mais benéficos para a saúde. São muito ricos em ácidos gordos polinsaturados, como os Ómega 3 e Ómega 6, substâncias muito importantes para a saúde, sobretudo ao nível do sistema circulatório e imunitário.

O peixe congelado é outra opção para refeições económicas e saudáveis, pois é mais acessível que a maioria do pescado fresco, tem os mesmos valores nutricionais e está sempre pronto a preparar. A descongelação é um processo e deve-se, de preferência, descongelar na embalagem de compra, no frigorífico. Não sendo possível, pode-se usar o micro-ondas ou optar pela cozedura sem previamente descongelar, em alguns casos.

Temos também que falar nas conservas portuguesas, acessíveis e versáteis, com que rapidamente se prepara uma refeição para toda a família, a preços controlados. O bacalhau é outra boa opção para cortar nos custos, mas não no sabor. Dependendo do seu tamanho, existe no mercado a preços acessíveis, e é um fiel amigo para a saúde e para a carteira.

Ou seja, o pescado proporciona refeições completas, do ponto de vista nutricional, e com elevados benefícios para a saúde e para a manutenção de um peso saudável. Claro que o peso calórico de uma refeição com peixe depende muito do modo de confeção. Deve-se privilegiar os cozidos, grelhados e, sempre que se adicionar gordura, o azeite deve ser a escolhida!

Já sabe, é possível comer bem e barato. Se procura uma alimentação equilibrada, corte nas calorias, mas não desista do sabor! Descubra tudo aquilo que o mar lhe oferece. Vá ao mercado e deixe-se tentar por um peixe diferente. Na secção de congelados, descubra as novidades! E lembre-se que não há só conservas de atum e sardinha!

 

Valorização do Pescado

A valorização do pescado dos Açores, nacional e internacional, é parte integrante da missão da Lotaçor, sendo verificada, nos últimos anos, através do aumento constante do preço médio do pescado vendido em lota.
Importa, assim, continuar a promover o peixe dos Açores, mas com especial enfoque em espécies que, atualmente, são consideradas de baixo valor comercial – espécies cujo o seu valor de venda ficou abaixo do preço médio total (todas as espécies), verificado no ano anterior.
Contudo, acrescentou-se um critério, relacionado com a sustentabilidade do mercado, no que respeita à quantidade de capturas anuais – média de captura dos últimos 3 anos em toda a região acima das 50 toneladas/ano.
Assim, tendo por base os critérios enunciados, foi criada uma lista de 10 espécies a valorizar – que será atualizada anualmente-, de forma a que seja transversal a toda a fileira da pesca, bem como a outros sectores económicos, o esforço na valorização das espécies, ainda, consideradas de baixo valor comercial.

  • Bicuda
  • Cavala
  • Chicharro-do-alto
  • Congro
  • Melga
  • Peixe-espada branco
  • Peixe-porco
  • Raia
  • Safio/Congro
  • Veja