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Subsecretário regional da Pescas encerrou I Congresso Internacional do Atum

O subsecretário regional das Pescas considerou, hoje, que dificilmente existirá, no sector pesqueiro mundial, um conjunto de espécies marinhas que agregue tantos interesses comuns, sob o ponto de vista biológico, comercial, social ou político, como o dos tunídeos. "Embora as capturas mundiais de recursos marinhos tenham estabilizado nas 84 milhões de toneladas e apesar do crescimento exponencial da aquicultura, é hoje perfeitamente notório que alguns mananciais estão sobrexplorados ou delapidados, existindo o risco duma redução extensa e irreversível da biodiversidade marinha", afirmou Marcelo Pamplona, que representou o presidente do Governo no encerramento, em Ponta Delgada, do I Congresso Internacional do Atum. As capturas mundiais dos atuns e similares não têm parado de crescer ao longo dos anos, passando das seiscentas mil toneladas em 1950, para as três milhões de toneladas em 1980 e cifrando-se, actualmente, nas seis milhões de toneladas, sem contar com a pesca que não é declarada, indicou. Segundo Marcelo Pamplona, quatro milhões de toneladas, ou seja sessenta e cinco por cento do total das capturas destes recursos pelágicos, estão concentradas apenas nas sete espécies que são comercialmente designadas por atuns e que constituem as espécies à volta das quais gira toda a actividade económica da fileira. O governante aproveitou a ocasião para sublinhar o facto de nas capturas de atum nos Açores se utilizarem artes selectivas não predadoras do meio marinho, nomeadamente a técnica do salto e vara. Por essa razão, o Governo dos Açores, em parceria com o "Earth Island Institute", indústria conserveira, armação regional e o Departamento de Oceanografia e Pescas, desenvolveu o Programa de Observação para as Pescas dos Açores, referiu, acrescentando que a iniciativa permitiu que a frota regional fosse distinguida com o estatuto internacional "Dolphin Safe", já extensivo à indústria conserveira regional. Marcelo Pamplona apontou, ainda, como uma prioridade para o Governo dos Açores continuar a manter um quadro de apoio para a modernização da frota e da indústria ligada ao atum, impondo-se, por isso investimentos na melhoria da competitividade e produtividade de todos os operadores do sector.
29 de october, 2007 por Lotaçor