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Intervenção do subsecretário das Pescas no décimo aniversário da cooperativa de pescadores da Ribeira Quente

Texto integral da intervenção do subsecretário regional das Pescas, Marcelo Pamplona, nas celerações, hoje, do décimo aniversário Cooperativa Económica Solidária dos Pescadores da Ribeira Quente: “Se é sempre um momento de alegria comemorar um aniversário pessoal de qualquer um de nós, é um momento de alegria redobrada e de maior significado associarmo-nos ao décimo aniversário da Cooperativa Económica Solidária dos Pescadores da Ribeira Quente, entidade que representa a comunidade de homens e mulheres ligadas ao mar desta aprazível freguesia. Volvida uma década do nascimento desta cooperativa, podemos afirmar, sem sombra de dúvida, que esta associação é uma instituição sólida e credível, que assume tarefas colectivas na gestão do sector das pescas, de forma responsável, fruto da determinação e empenho que os seus representantes desenvolvem na actividade diária desta colectividade. Para os Açores é fundamental que as comunidades piscatórias, como a vossa da Ribeira Quente, apostem no reforço do seu papel interventivo na definição de políticas para o sector das pescas, de forma a, paulatinamente, se prepararem e organizarem para assumirem mais responsabilidades, dado que só é possível fazer uma politica correcta para o sector e defender melhor os nossos interesses nas instâncias comunitárias, se os profissionais participarem, directa e activamente, nos processos de decisão relacionados com a gestão de toda a fileira da pesca. Para esse fim é importante continuar a bom ritmo a descentralização de tarefas, numa gestão de proximidade com os profissionais do sector, no âmbito não só da gestão e conservação dos recursos, como do seu funcionamento, que fomente localmente a indústria de reparação e construção naval, o aumento da produtividade e da segurança no trabalho dos pescadores, a fileira da comercialização de pescado e que promova um funcionamento dos portos mais competitivo, mais eficiente e mais próximo dos profissionais da pesca. Hoje, é com satisfação que verificamos que o sector apresenta uma vitalidade muito maior do que há onze anos atrás, fruto de uma intervenção da esfera privada mais activa, que criou uma dinâmica de modernização e desenvolvimento do nosso sector das pescas. Estamos empenhados em valorizar cada vez mais o nosso sector das pescas, de forma a criar mais eficiência, mais qualidade e mais rentabilidade na actividade de toda a fileira da pesca. É por essa razão que continuamos a disponibilizar verbas expressivas para continuar a desenvolver e a modernizar a nossa frota de pesca, para que a actividade seja exercida cada vez mais com melhores embarcações e melhores equipamentos, que permitam melhores condições de conservação de pescado, de trabalho e de segurança a bordo. A nossa política para o mar alicerça-se no desenvolvimento de uma economia marítima, em torno de uma rede regional de portos de qualidade, para servir os nossos homens e mulheres que utilizam o mar como instrumento da sua actividade profissional. É também por essa razão que o Governo Regional continuará a investir fortemente na infra-estruturação da nossa rede regional de portos de pesca, dotando-os de melhores condições de operacionalidade, para que os profissionais do mar possam desenvolver a sua actividade com melhores condições de competitividade e segurança. Não posso deixar também de lançar um desafio a esta colectividade, que é o de entrar no circuito da comercialização do pescado, seja ele fresco ou congelado, pois assim poderão introduzir mais valias económicas para as famílias que vivem à volta deste sector. A importância estratégica que a nossa Zona Económica Exclusiva representa para nós, impõe como objectivo prioritário garantir que a sua utilização seja baseada na aplicação dos princípios do desenvolvimento sustentável, que são hoje uma das imagens de marca dos Açores. Nos dias de hoje não faz qualquer sentido falar da gestão das pescas sem ter uma participação activa dos próprios pescadores e dos nossos cientistas. A necessidade de uma politica de sustentabilidade a nível biológico, social e económico, obriga a olhar para esta fileira de uma forma responsável que garanta a continuação de uma actividade rentável a longo prazo, para que o sector das pescas continue a ser um sector fundamental para o desenvolvimento no nosso arquipélago. A determinação com que temos defendido e defendemos os nossos interesses regionais, no seio da politica comum de pescas europeia, tem por objectivo garantir que a pesca nas nossas águas possa continuar a ser exercida, com rentabilidade, a longo prazo, pelos nossos pescadores e que continue a ser uma alavanca do progresso e desenvolvimento da nossa Região. Vivemos tempos de progresso no sector das pescas na nossa Região e por isso temos todos de nos empenhar para alcançarmos novos patamares de qualidade. Com este objectivo em mente, contamos com o envolvimento de todos os parceiros do sector, para continuarmos a desenvolver os Açores para melhor. À Direcção, associados, amigos e amigas da Cooperativa Económica Solidária dos Pescadores da Ribeira Quente quero desejar as maiores felicidades e afirmar que contamos convosco para continuarmos na senda da modernização do sector das pescas da nossa Região. GaCS/AP/SsRP
6 de may, 2008 por Lotaçor